Pages

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Comecei como officeboy e hoje sou presidente

Estabelecer-se profissionalmente é o sonho de praticamente todo mundo. Com os mercados cada dia mais competitivos, os desafios para quem tenta construir uma carreira sólida são cada vez maiores. Por isso, sonhar com bons empregos e altos cargos não basta, é preciso trabalhar duro, com muito planejamento. Assim, ter a cabeça nas nuvens e os pés nos chão é mais que um verso do roqueiro gaúcho Humberto Gessinger, é a máxima de quem deseja galgar espaços e alcançar o topo.

O consultor de empresas, conferencista e professor do Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, Julio Sergio Cardozo, é uma dessas histórias de sucesso. Começou a trabalhar como office-boy e hoje tem sua própria empresa de consultoria em negócios, que fundou depois de se aposentar da Ernst & Young, responsável por serviços de auditoria, impostos, finanças e contabilidade em vários países.

Na organização, Cardozo ocupou cargos importantes e chegou a Chairman & CEO da América do Sul. Para Julio Sérgio, planejar e ter foco são cruciais no início da carreira. "A formação profissional precisa estar em linha com os requerimentos da carreira, da profissão escolhida. Dificilmente haverá tempo e recursos para investir na formação profissional paralela, ou seja, visando criar credenciais em outra profissão", diz Cardozo.

O professor e consultor lembra, porém, que o primeiro passo para se dar bem é sentir-se bem na função que exerce, antes mesmo de se preocupar com o retorno financeiro. "Fazer o que gosta eleva a produtividade, faz acordar cedo com vontade de trabalhar" afirma. Mas o professor ressalta que isso não basta. Para ele, agir desde o início como um empreendedor, sempre de forma ética, é fundamental. "Pensar como dono, agir como endoempreendedor, fazer acontecer, mostrar comprometimento", diz Cardozo.

Driblar as adversidades que surgem no caminho também é outra habilidade que precisa ser desenvolvida por quem quer ascender profissionalmente. "Levei muita rasteira e fui explorado fazendo tarefas que não me competiam", conta o empresário. No entanto, ele complementa: "Existe muita ciumeira no mundo corporativo, principalmente dos incompetentes. Não conseguiram impedir o meu sucesso, mas atrapalharam bastante".

Além de tudo, lideranças sem uma visão ampla do negócio podem ser um grande problema para profissionais muito bons. Julio Sergio conta que em alguns países onde trabalhou presenciou situações em que chefes não promoviam profissionais por eles serem muito bons na função que exerciam. Mas ele garante que esse não é o caminho. "Sempre estimulei a competição saudável e promovendo os mais capazes, criando oportunidades para o progresso profissional. Assim o fazia como forma de melhorar o meu próprio desempenho, pois trabalhar com gente de alto calibre é um desafio estimulante", afirma Cardozo.

Por fim, manter um bom ciclo de relações é importante. Sergio dá a dica: "é fundamental manter-se bem relacionado com colegas e amigos, abrindo espaços e criando oportunidades para a mobilidade dentro da empresa e, eventualmente, fora dela".

Fonte: www.administradores.com.br

0 comentários:

Postar um comentário

 

Visualizações da página